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Archive for the ‘Vazios’ Category

Cordas, não correntes

Lembro de um cenário de RPG onde o mundo foi criado apartir do caos por entidades de imensurável poder que com o passar do tempo se tornam descontentes com sua própria criação e resolvem destruí-la. O problema é que a essa altura, a criação tem vida própria e organiza seus campeões para matar os criadores, e são bem sucedidos. Essa mitologia não é realmente inovadora, mas no cenário tem uma consequência interessante… Depois de mortos, esses deuses-titãs mortos descobrem um lugar frio, escuro e em completo silêncio, um lugar de perfeita paz e contentamento: o limbo, o final desapego e esquecimento. Eles desejam alcançar este lugar de plenitude perfeita, mas não podem, pois a existência de sua criação os prendem pelas correntes de suas memórias mútuas. O mundo de runeterra tem algo parecido na figura dos darkins, especialmente o Aatrox, que preso em sua espada deseja destruir o mundo só para poder morrer em paz.
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Hiato

Nesse mês esse blog completou 1 ano, mais exatamente a 4 dias atrás. Tanto faz, estou aqui para dizer que atualmente estou lendo a cabana, por motivos que fogem a minha compreensão, e não tenho a mínima vontade de fazer review de auto-ajuda. Depois disso irei ler alguns outros livros em que minha leitura está encalhada, junto com mochileiro da galáxia, livro este que também não sinto vontade de resenhar.

Então, o inverno chegou, hora de hibernar. O sono longo. Preciso de um cookie, um Polenguinho, um copo de suco de laranja, um café, uma esfirra, mais um café e duas bolachas. Preciso estar de pé às seis da manhã de novo um dia desses.

Sim.

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Matróides

Já que estamos aqui, um pouco de blábláblá sobre as eleições…

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Formadores de Opinião

30/09/2010 2 comentários
arquiteto

Um pensamento engraçado que me ocorreu quando assisti uma palestra de um funcionário da Intel, que tinha o intrigante cargo de “Customer Experience Architect“. Arquiteto, apesar de ser a definição mais comum, não é apenas aquela pessoa que toma conta da estética de uma construção civil. No projeto de produtos, um arquiteto é o responsável pela integração das diversas partes que o compõem, atendendo o objetivo de estruturação do design global do produto. Por isso podem existir arquitetos de sistemas mecânicos, elétricos ou mesmo softwares.

Voltando ao assunto, achei intrigante a ideia de alguém responsável por determinar o que o seu cliente irá sentir ao ver, comprar e usar seu produto. Isso tudo me lembrou do conceito dos “Formadores de Opinião“, Leia mais…

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Palavra & Pensamento

Antes de fazer o review do próximo livro, eu gostaria de dissertar sobre algumas baboseiras como uma espécie de introdução, apenas para pensar um pouco.

Começando com um exemplo muito besta:
imagem

A imagem da esquerda não faz muito sentido, agora a da direita, por mais porca que esteja, é capaz de nos lembrar algo (um peixe). Se depois de algum tempo alguém quiser reproduzir para alguém o viu, mesmo que não fique igual, seria possível, pois mesmo não sendo igual o conteúdo da mensagem poderia permanecer intacto. Basta desenhar um peixe. Agora a segunda não teria muito significado, pois não temos definido o que ela é.

Agora, imagine uma tribo perdida tal que seu conhecimento sobre os números seja bastante limitado: eles só sabem contar a até 3, ou seja, eles conhecem apenas 1, 2, 3 e “muitos”, uma contagem parecida com a contagem silábica. Essa tribo conseguiria alcançar o mesmo nível de desenvolvimento que, por exemplo, nós? Leia mais…

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O Biscoito, a Maçã e a Estatística

26/08/2010 1 comentário
that's the way the cookie crumbles

that's the way the cookie crumbles

Um dia eu estava em casa e meu pai trouxe um um saco plástico transparente com algumas coisas simples escritas, preso por um daqueles arames finos encapados e cheio de cookies de chocolate. Adoro cookies, adorei o fato de que aquela embalagem vir cheia deles e, pelo fato de meu pai ter comprado, deveria ser barato. Sim, era barato, era gostoso, mas o que me marcou foi outra coisa. A marca do cookie não era nada menos que Bauducco. O preço, a embalagem e o volume, incompatíveis com o normal que seria esperado de um cookie dessa empresa, era justificado por um detalhe:

Os biscoitos estavam quebrados, ou deformados, ou eram maiores, menores, mais claros, mais escuros ou qualquer outro pequeno detalhe que os deixavam fora do padrão “biscoito Bauducco”.

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Olá mundo.

05/07/2010 2 comentários

Whistle in the wind by Aaron Diaz

whistle in the wind by Dresden Codak

Caixa-preta, além daquela coisa que faz o registro de sons em aviões, também representa um sistema cuja estrutura interna é desconhecida, sabendo-se apenas a sua estrutura entrada-saída. Em oposição a isso estaria a caixa-branca, algo em que você sabe toda a estrutura interna. Junte os dois e você terá uma caixa cinza.

Isso não significa que você sabe e não sabe como o sistema é por dentro. A caixa cinza é famosa e mais facilmente exemplificável através da modalidade de teste de software. Resumidamente, um teste caixa-preta é aquele em que você analisa apenas os aspectos de entrada-saída, o teste caixa-branca é aquele efetuado diretamente no código fonte, enquanto que o teste de caixa cinza se possui acesso ao código-fonte, que é usado na formulação dos casos de testes, que são executados como uma caixa-preta.

Em outras palavras, na caixa-cinza você sabe como as coisas funcionam ou deveriam funcionar, mas não liga pra isso e age como se não soubesse. E no final das contas, na caixa-cinza você parece estar fingindo que sabe o que faz, enquanto faz tudo como se soubesse, mas não quisesse saber. E no final das contas, é como se realmente não soubesse.

Brincadeiras à parte, foi mais ou menos essa a inspiração para o título do blog. Na verdade essa foi a inspiração secundária, a primária foi o fato de ter chegado tarde na internet e ter ficado sem outros nomes possíveis.

Muitos dizem que histórias boas são aqueles desenroladas em cenários “cinzas”, em oposição ao “preto-e-branco” típico do maniqueísmo de histórias em que o herói é 100% bom, o vilão 100% mau, e por aí vai. Dizem que essa dicotomia é típica de histórias infantis, talvez para não confundir a criança ou imergí-la em algum conflito moral-ideológico. Ou seja, histórias cinzas seriam mais “maduras”.

Não concordo muito com isso, mas não estou aqui para discutir opiniões, e muito menos escolhi este nome significando que as coisas aqui serão complexas ou maduras demais. É mais como uma referência à parcialidade que podem emergir de um mundo complexo. Não procurem por respostas aqui. Ainda não tenho certeza sobre um tema fechado do blog (prefiro temas fechados do que ir ao sabor do vento), então por enquanto ficarei meditando no vazio da existência inerente (VEI). Vazio este excelentemente satirizado demonstrado na tira acima, uma forma de criticar um conceito complexo e ambíguo com humor (lembrem-se do ridendo castigat mores). Não será muito determinístico.

Eventos parcialmente observáveis, conclusões parcialmente incertas.

PS¹: Não estou muito satisfeito com o tema atual, mas ele é o que está se mostrando mais apto.

PS²: Caramba, esses outros blogs sobre a caixa-preta…

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