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Archive for julho \31\-03:00 2010

[Livro] O Homem do Castelo Alto

31/07/2010 2 comentários

O Homem do Castelo AltoTítulo: O Homem do Castelo Alto (The Man in the High Castle)
Autor: Philip Kindred Dick
Editora: Aleph

A expectativa é realmente decepcionante. Não é a primeira vez que ouço falar de um livro e empolgado imagino o quão bom ele deve ser, e quando finalmente coloco minhas mãos sobre ele me deparo com com a realidade de que é muito difícil algo ser tão bom quanto você queira. Isso já aconteceu comigo antes, por exemplo, com um livro do Paulo Coelho. Mas por uma tragédia do destino, dessa vez acabou acontecendo com nada menos que este livro, considerado a obra-prima de um dos principais escritores de ficção científica. Como dito na contracapa do livro, ele se consagrou “justamente por ter conseguido transpor as barreiras que insistiam em separar esse gênero literário da Literatura com ‘L‘ maiúsculo”. E é por isso que, para mim, amante da ficção em geral, ficção científica em particular, esta resenha será tão difícil de ser feita.

“O que é realidade, afinal?”. Talvez seja essa a grande pergunta que assombrou a vida e permeou as obras de Philip (de agora em diante chamado de Mr. Dick). E dentro dela se encaixa O homem do castelo alto. O livro conta uma ficção do presente (atualmente uma ficção do passado), mais uma das histórias dentro “e se…“, as what if stories. Este livro busca uma pergunta muito boa: E se o Eixo tivesse ganho a segunda guerra mundial? Leia mais…

[Drops] Filmes do fim de semana

Apenas um curto relato sobre o que assisti neste fim de semana.

Dois filmes não muito recentes, o primeiro foi Horton e o mundo dos Quem, um filme da Blue Sky Studios, com um orçamento de 85 milhões de dólares e um lucro lá pelos 300 milhões, que conta a hstória de um elefante que encontra um mundo inteiro em um grão de poeira. O segundo foi Avatar, de James Cameron, um filme da Lightstorm Entertainment, Dune Entertainment e Ingenious Film Partners, com um orçamento de mais de 200 milhões de dólares e um lucro de quase 3 bilhões. Sim, aquele que fez um baita sucesso pela sua profusão de efeitos especiais, que conta a história da Pocahontas azul.

Os dois filmes são bons, mas eu achei interessante como a história do primeiro é Muito melhor, mais madura, mais profunda e com mais significado que a do segundo, mesmo estando em um desenho de criança. Agora, o segundo tem os efeitos especiais e os números a seu favor. Convenhamos que 3 bilhões é muito dinheiro…

Uma outra coisa que assisti: Simpsons, episódio 20, 21ª temporada. Genial. Recomendo.

horton

Uma pessoa é uma pessoa, não importa quão pequena.

[Manhwa] Priest

07/07/2010 2 comentários

priest

Título: Priest (프리스트)
Autor: Hyung Min-woo
Editora: Lumus

Já faz um tempo que li este aqui, mas como gostei, resolvi falar um pouco sobre. Priest é um manhwa, talvez o mais famoso deles no Brasil. Ele tem uma temática sombria, com horror sobrenatural e toques de fantasia e drama, tudo isso em um cenário western cheio de zumbis e tiroteios, inspiração declarada no jogo Blood. Um prato cheio para os que gostam do gênero.

Ele conta a história de Ivan Isaacs, um padre que depois de um jogo de intrigas criadas pelos servos do anjo caído Temozarela, viu sua amada (e irmã por adoção) Gena ser morta, e depois de ser forçado a fazer um ritual maligno  para libertar o dito anjo, foi morto também. Depois de morrer, ele fez um pacto com o demônio Belial em troca de uma oportunidade de vingança.

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[RPG] O Novo mundo das Trevas – Storytelling

Mundo das trevas, módulo básico

Já faz algum tempo que o antigo mundo das trevas foi cancelado, surgindo no seu lugar o novo mundo das trevas completamente remodelado, inclusive (eu diria que principalmente) o sistema. Muita gente ainda não conhece quase nada desse novo mundo das trevas, então estou aqui para falar um pouco de algo que me chamou muito a atenção, e me agradou bastante. Como diz o título, não irei falar sobre o cenário, e sim apenas sobre o sistema: O novo Storytelling (E fazer essa separação de sistema/cenário é muito mais fácil com o novo sistema).

O que farei aqui é dar uma visão geral de como são construídos os personagens e o básico das regras, fazendo a diferença do antigo para o novo sistema, visto que ambos são muito parecidos em seus princípios, mas substancialmente diferentes. Pois então, como diria o rei de copas: “Comece pelo começo, continue contando, e quando chegar ao final, pare.”

A primeira diferença que pode ser notada é que o primeiro livro lançado não fala sobre nenhuma criatura sobrenatural em particular, e sim apenas dá uma visão geral do cenário e principalmente fala sobre as regras. Isso é uma melhoria interessante, pois esse primeiro livro é curtinho e assim as regras não precisam ser repetidas em todos os outros livros da série (e olha que os livros dos sobrenaturais já são grandinhos mesmo sem elas). Agora vamos aos personagens: Leia mais…

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Olá mundo.

05/07/2010 2 comentários

Whistle in the wind by Aaron Diaz

whistle in the wind by Dresden Codak

Caixa-preta, além daquela coisa que faz o registro de sons em aviões, também representa um sistema cuja estrutura interna é desconhecida, sabendo-se apenas a sua estrutura entrada-saída. Em oposição a isso estaria a caixa-branca, algo em que você sabe toda a estrutura interna. Junte os dois e você terá uma caixa cinza.

Isso não significa que você sabe e não sabe como o sistema é por dentro. A caixa cinza é famosa e mais facilmente exemplificável através da modalidade de teste de software. Resumidamente, um teste caixa-preta é aquele em que você analisa apenas os aspectos de entrada-saída, o teste caixa-branca é aquele efetuado diretamente no código fonte, enquanto que o teste de caixa cinza se possui acesso ao código-fonte, que é usado na formulação dos casos de testes, que são executados como uma caixa-preta.

Em outras palavras, na caixa-cinza você sabe como as coisas funcionam ou deveriam funcionar, mas não liga pra isso e age como se não soubesse. E no final das contas, na caixa-cinza você parece estar fingindo que sabe o que faz, enquanto faz tudo como se soubesse, mas não quisesse saber. E no final das contas, é como se realmente não soubesse.

Brincadeiras à parte, foi mais ou menos essa a inspiração para o título do blog. Na verdade essa foi a inspiração secundária, a primária foi o fato de ter chegado tarde na internet e ter ficado sem outros nomes possíveis.

Muitos dizem que histórias boas são aqueles desenroladas em cenários “cinzas”, em oposição ao “preto-e-branco” típico do maniqueísmo de histórias em que o herói é 100% bom, o vilão 100% mau, e por aí vai. Dizem que essa dicotomia é típica de histórias infantis, talvez para não confundir a criança ou imergí-la em algum conflito moral-ideológico. Ou seja, histórias cinzas seriam mais “maduras”.

Não concordo muito com isso, mas não estou aqui para discutir opiniões, e muito menos escolhi este nome significando que as coisas aqui serão complexas ou maduras demais. É mais como uma referência à parcialidade que podem emergir de um mundo complexo. Não procurem por respostas aqui. Ainda não tenho certeza sobre um tema fechado do blog (prefiro temas fechados do que ir ao sabor do vento), então por enquanto ficarei meditando no vazio da existência inerente (VEI). Vazio este excelentemente satirizado demonstrado na tira acima, uma forma de criticar um conceito complexo e ambíguo com humor (lembrem-se do ridendo castigat mores). Não será muito determinístico.

Eventos parcialmente observáveis, conclusões parcialmente incertas.

PS¹: Não estou muito satisfeito com o tema atual, mas ele é o que está se mostrando mais apto.

PS²: Caramba, esses outros blogs sobre a caixa-preta…

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